37 – SUPERCULTURA E CALAMIDADES MORAIS – Tema 10/10/23
“Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma;
e o que tens preparado para quem será?”
– JESUS. (Lucas, 12:20).
Não basta ajuntar valores materiais para garantia de felicidade.
A supercultura consegue atualmente na Terra feitos prodigiosos, em todos os reinos da
Natureza física, desde o controle das forças atômicas às realizações da Astronáutica. No
entanto, entre os povos mais adiantados do Planeta, avançam duas calamidades morais do
materialismo, corrompendo-lhes as forças: o suicídio e a loucura, ou, mais propriamente a
angustia e a obsessão.
É que o homem não se aprovisiona de reservas espirituais à custa de máquinas. Para
suportar os atritos necessários à evolução e aos conflitos resultantes da luta regenerativa,
precisa alimentar-se com recursos da alma e apoiar-se neles.
Nesse sentido, vale recordar o sensato comentário de Allan Kardec, no item 14, do Capítulo
V, de “O Evangelho segundo o espiritismo”, sob a epígrafe “O Suicídio e a Loucura”:
“A calma e a resignação hauridas da maneira de considerar a vida terrestre e da confiança
no futuro dão ao Espírito uma serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o
suicídio. Com efeito, é certo que a maioria dos casos de loucura se devem à comoção
produzida pelas vicissitudes que o homem não tem a coragem de suportar. Ora, se
encarando as coisas deste mundo, da maneira por que o Espiritismo faz que ele as
considere, o homem recebe com indiferença, mesmo com alegria, os reveses e as
decepções que o houveram desesperado noutras circunstâncias, evidente se torna que essa
força, que o coloca acima dos acontecimentos, lhe preserva de abalos a razão, os quais, se
não fora isso, o conturbariam”.
Espíritas, amigos! Atendamos à caridade que suprime a penúria do corpo, mas não
menosprezemos o socorro às necessidades da alma! Divulguemos a luz da Doutrina Espírita!
Auxiliemos o próximo a discernir e pensar.
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36 – CIVILIZAÇÃO E REINO DE DEUS – Tema dia: 03/10/23
“Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus,
Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus
com aparências exteriores.”
(Lucas, 17:20).
A terra de hoje reúne povos de vanguarda na esfera da inteligência.
Cidades enormes são usadas, à feição de ninhos gigantescos de cimento e aço, por
agrupamentos de milhões de pessoas.
A energia elétrica assegura a circulação da força necessária à manutenção do trabalho e do
conforto doméstico.
A Ciência garante a higiene.
O automóvel ganha tempo e encurta distâncias.
A imprensa e a radiotelevisão interligam milhares de criaturas, num só instante, na mesma faixa
de pensamento.
A escola abrilhanta o cérebro.
A técnica orienta a indústria.
Os institutos sociais patrocinam os assuntos de previdência e segurança.
O comércio, sabiamente dirigido, atende ao consumo com precisão.
Entretanto, estaremos diante de civilização impecável?
À frente desses empórios resplendentes de cultura e progresso material, recordemos a palavra
dos instrutores de Allan Kardec, nas bases da codificação do espiritismo.
Perguntando a eles “por que indícios se pode reconhecer uma civilização completa”, através da
Questão nº 793, constante de “O Livro dos Espíritos”, deles recolheu a seguinte resposta:
“Reconhecê-la-eis pelo desenvolvimento moral. Credes que estais muito adiantados, porque
tendes feito grandes descobertas e obtidas maravilhosas invenções; porque vos alojais e vestis
melhor do que os selvagens. Todavia, não tereis verdadeiramente o direito de dizer-vos
civilizados, senão quando de vossa sociedade houverdes banido os vícios que a desonram e
quando viverdes, como irmãos, praticando a caridade cristã. Até então, sereis apenas povos
esclarecidos, que hão percorrido a primeira fase da civilização.”
Espíritas, irmãos! Rememoremos a advertência do Cristo, quando nos afirma que o reino de
Deus não vem até nós com aparências exteriores; para edificá-lo, não nos esqueçamos de
que a Doutrina Espírita é a luz em nossas mãos. Reflitamos nisso…
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