41- Recursos
“Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza,
porque a vida de um homem não consiste na abundância
dos bens que ele possui.” – JESUS (Lucas, 12:15.)
Frequentemente, quando nos referimos à propriedade, recordamos, de imediato, posses e
haveres de expressão material e reconstituímos na lembrança a imagem dos nossos amigos
que carregam compromissos coma fortuna terrestre, como se eles fossem os únicos
responsáveis pelo equilíbrio do mundo. Entretanto, assim agindo escorregamos, inconscientemente, para a fuga de nossos próprios deveres, sem que isso nos isente das obrigações assumidas.
Simbolicamente, todos retemos capitais a movimentar, de vez que, em cada estância
regeneradora ou evolutiva em que nos encontraremos, somos acompanhados por valiosos
créditos de tempo, através dos quais a Divina Providência nos considera iguais pela
necessidade e, simultaneamente, nos diferencia uns dos outros pela aplicação individual que
fazemos deles.
Somos todos, desse modo, convocados não apenas a empregar dinheiro, mas também
saúde, condição, profissão, habilidade, entendimento, cultura, relações e possibilidades
outras de que sejamos detentores, em favor dos outros, porquanto pelas nossas próprias
ações somos valorizados ou depreciados, enriquecidos ou podados em nossos recursos pela
Contabilidade da Eterna Justiça.
Permaneçamos, assim, atentos às menores oportunidades de ajudar que se nos ofereçam,
na experiência cotidiana, aproveitando-as, quanto possível, porque, se as nossas reservas
de tempo estão sendo realmente depositadas no Fundo de Serviço ao Próximo, no Banco da
Vida, a Carteira do Suprimento Espontâneo nos enviará, estejamos onde estivermos, os
dividendos de auxílio e felicidade a que tenhamos direito, sem que haja, de nossa parte, nem
mesmo a preocupação de sacar.
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