39 – COMPROMISSO PESSOAL
“Eu plantei, Apolo regou, mas o crescimento veio de Deus.”
– PAULO. (I Coríntios, 3:6)
Nada de personalismo dissolvente na lavoura do espírito.
Qual ocorre em qualquer campo terrestre, cultivador algum, na gleba da alma, pode jactar-se de tudo fazer nos domínios da sementeira ou da colheita.
Após o esforço de quem planta, há quem sega o vegetal nascente, quem o auxilie, quem o
corrija, quem o proteja.
Pensando, porém, no impositivo da descentralização, no serviço espiritual, muitos
companheiros fogem à iniciativa nas construções de ordem moral que nos competem. Muitos
deles, convidados a compromissos edificantes, nesse ou naquele setor de trabalho, afirmam se inaptos para a tarefa, como se nunca devêssemos iniciar o aprendizado do
aprimoramento íntimo, enquanto que outros asseveram, quase sempre com ironia , que não
nasceram para lideres. Os que assim procedem costumam relegar para Deus comezinhas
obrigações no que tange à elevação, progresso, acrisolamento ou melhoria, mas as leis do
Criador não isentam a criatura do dever de colaborar na edificação do bem e da verdade, em
favor de si mesma.
Vejamos a palavra do Apóstolo Paulo, quando já conhecia os problemas do auto aperfeiçoamento, em nos referindo à evangelização: “Eu plantei, Apolo regou, mas o
crescimento veio de Deus.”
A Necessidade do devotamento individual à causa da Verdade transparece, clara, de
semelhante conceituação.
Sabemos que a essência de toda atividade, numa lavra agrícola, procede, originalmente, da
Providência Divina. De Deus vêm a semente, o solo, o clima, a seiva e a orientação para o
desenvolvimento da árvore, como também dimanam de Deus a inteligência, a saúde, a
coragem e o discernimento do cultivador, mas somos obrigados a reconhecer que alguém
deve plantar.
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