51 – Na conquita da Fé

Justificados, pois, pela fé, tenhamos paz com Deus por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo. Paulo. Carta aos Romanos, capítulo 5, versículo 1.

Louváveis todas as nossas considerações referentes à coragem da fé que nos cabe cultivar à frente das lutas, no mundo externo; todavia, é forçoso examinemos a importância da fé viva, portas adentro do mundo de nós mesmos. Fé profunda e espontânea. Segurança íntima, tranquila, funcional.

Já sabemos realmente mecanizar as operações do corpo, comandando-as de maneira instintiva.

Alimentas-te e não te preocupas com as fases diversas do processo nutritivo. Dormes e entregas ao coração todo o trabalho de vigilância e sustento dos mais remotos distritos da vida orgânica.

Falta-nos, porém, até agora, automatizar os recursos superiores da própria alma.

Falta-nos reconhecer — mas reconhecer claramente – que Deus está em nós, conosco, junto de nós, ao redor de nós e que, por isso mesmo, é imperioso, de nossa parte, aceitar as lições difíceis, mas sempre abençoadas do sofrimento, nas quais a pouco e pouco obteremos a coragem suprema da fé invencível.

Nesse sentido, jamais desinteressar-nos do aprendizado.

Confiar em Deus nos dias de céu azul, mas igualmente confiar em Sua Divina Providência nas horas de tempestade.

Acolher a dor como sendo preparação da alegria. Atravessar a provação entesourando experiência. Observar as leis da vida e acatá-las, compreendendo que dificuldade é instrução imprescindível e que o tempo de infortúnio não é senão a conseqüência dos nossos erros de pensamento ou de ação, favorecendo-nos o reajuste.

Tão somente assim, abraçando com paciência e proveito as lições menores da existência, transfigurando-as em luz para a vida prática, adquiriremos a fé vitoriosa que sabe esperar, agir, desculpar, amar. e servir segundo a misericórdia de Deus.

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